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HBJ discute situação financeira e projetos futuros em reunião de Conselho de Saúde

13 DE JULHO DE 2023
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O Hospital Bom Jesus participou de uma reunião ordinária do Conselho Municipal da Saúde na Câmara Municipal de Rio Negro no dia 6 de julho. O encontro teve como objetivo principal abordar a situação financeira atual da instituição e esclarecer questões levantadas pelos vereadores.

Durante a reunião, o administrador do hospital, Marlon Sergio Witt, apresentou a prestação de contas da entidade. Em 2022, o hospital realizou cerca de 32 mil atendimentos, alcançando uma receita total de R$ 11.421.742.

Witt ressaltou a transparência do hospital ao disponibilizar todas as informações referentes às receitas e despesas, incluindo gastos com funcionários, exames, materiais médico-hospitalares e medicamentos, por meio do site oficial da instituição. Além disso, ele afirmou que é possível acessar a evolução dos dados e acompanhar os avanços significativos que a entidade teve nos últimos anos.

Uma das questões discutidas na reunião foi o contrato de prestação de serviços do Pronto Atendimento (PA) entre o hospital e a prefeitura. Witt explicou que o contrato, que já tinha muitos anos, precisava de um reajuste, devido ao aumento significativo dos custos com equipamentos e medicamentos. No entanto, a prefeitura optou por buscar outro prestador de serviços que oferecesse um valor mais viável.

Segundo o administrador, o PA é a principal fonte de renda do hospital, mas também representa a maior despesa. Atualmente, os gastos com o Pronto Atendimento totalizam R$ 494 mil, englobando despesas com pessoal, provisão de décimo terceiro e férias, medicamentos, materiais hospitalares e exames. “Só em maio deste ano, houve gasto de R$ 13 mil a mais do que os valores contratados”, disse.

Ainda de acordo com Witt, o fluxo de caixa da entidade foi comprometido com o pagamento de dívidas antigas, como tributos e ações cíveis e trabalhistas de aproximadamente R$ 120 mil. “Nos próximos anos, estas dívidas vão diminuir e o hospital poderá investir os valores em melhorias nos serviços da instituição”, disse.

Outro assunto debatido na reunião foram as tratativas do Hospital Bom Jesus com a Santa Casa Fundação Pró Vida. A empresa havia demonstrado interesse em administrar o hospital, mas as negociações não foram para frente. Segundo a presidente do Hospital Bom Jesus, Monica Bessa, a proposta da Santa Casa era ter o patrimônio total do hospital através de doação. “O município não pode entregar o hospital na mão de uma empresa e correr o risco de perder tudo o que já foi conquistado. Desde 2021, a Santa Casa trocou de direção três vezes. A empresa assumiu o Hospital de Piên e não ampliou em nada a estrutura e os serviços. Os vereadores de lá tentaram contato e ninguém responde. Sem contar que a chefia da empresa está localizada em São Paulo”, disse Monica.

A presidente destacou que o hospital segue em busca de parcerias sólidas e seguras com outros hospitais e entidades. “Buscamos mais segurança para a entidade. Queremos que as propostas não sejam da boca para fora e que sejam colocadas no papel. A intenção da diretoria não é barrar o crescimento do hospital, mas garantir que o município tenha o melhor atendimento”, disse.

Marlon Witt aproveitou a ocasião para falar sobre os investimentos futuros da entidade. Segundo o administrador, o hospital pretende pactuar junto ao estado leitos de longa permanência e ampliar os atendimentos ambulatoriais, ortopédicos, pediátricos, neurológicos e cardiológicos.

Ainda durante a reunião, Monica Bessa também falou sobre a imagem negativa do hospital fomentada pelos vereadores. “Somos avaliados por uma comissão do conselho, pela secretaria e pelo Estado. Temos poucas reclamações na ouvidoria e feedbacks positivos nas redes sociais, mas não conseguimos mensurar quem está satisfeito ou não, se as pessoas não utilizam nossos canais oficiais para expor suas opiniões. Além disso, é muito importante que a população entenda as esferas de atendimento e qual a responsabilidade de cada entidade e de cada serviço”, justificou.

A presidente também respondeu questionamentos sobre a construção de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital. “Para angariar recursos para a UTI, é necessário ter um aparelho de tomografia, que já adquirimos, um projeto arquitetônico com mais leitos e diversos serviços de retaguarda, como uma central de esterilização e serviço de diálise. Para que o hospital conquiste estas melhorias, precisamos do apoio da população e dos entes públicos. A UTI não resolverá todos os nossos problemas, mas sabemos de sua importância para o município e já estamos fazendo nossa parte para proporcionar o serviço”, disse.